sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Com que título eu vou pro texto que você me convidou?

Eu acho que título é coisa importantíssima. Tipo nome.
Sendo assim, sempre acho que devemos pensar muito bem quando o escrevemos, se é texto que requer título. Com as poucas palavras que compõe o mesmo, você pode chamar a atenção - ou afastá-la de vez - para o que vem depois. Digo isso ainda que, muitas vezes, os meus não sejam tão criativos assim aqui.

Enfim, isso tudo pra continuar falando das aberrações, dessa vez em forma de título, que apareceram nas produções vestibulescas. Os temas da redação eram mídia e traição. Claro que não era algo como: "escreva sobre mídia ou traição", óbvio que não. Havia textos de partida, todo um tema trabalhado em negrito e numa frase de efeito, normal. Mas, no frigir dos ovos (benção, vó!) e de toda aquela complexidade enrolashion típica de vestibular - a gente não tá aqui para explicar e sim para cafundir - o resumo da ópera era: mídia ou traição. Precisa dizer que esse último foi o que suscitou as maiores aberrações e risadas?

Então, vamos ao top 5:

5) Um amor ou uma dor. Cafooooooona no último! Aliás, tinham muitos títulos mexicanizados, bregas e, óbvio, hilários.
4) Traição: uma questão de fidelidade. Oi? Eu perdi alguma coisa ou tá faltando um prefixo na última palavra. Ou ficou confuso? Ou era pra confundir mesmo?
3) Aí, então. Ou seja, com um título desses você pode falar sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo! Olha, que coisa! Gênio!
2) Ser corno ou não ser? Foi o vice colocado por sua sutileza. Mamonas Assassinas rules. Até hoje to em dúvida se era ou não uma psicografia do Dinho.
1) Você já mediu a sua relação hoje? Ahhhhhhh, este ganhou o primeiro lugar no meu coração porque, vamucombináné, é de um duplo sentido ímpar! Porque depois de me deparar com argumentos como "pesquisas indicam que o homem trai mais que a mulher", "pesquisas indicam que a mulher trai mais que o homem", "segundo o IBGE", "é tudo uma questão hormonal", "traição se explica por genética", enfim, eu merecia ler um título que despertasse meu real interesse pelo texto que viria a seguir. Já imaginava que os argumentos rolariam em torno de "centímetros", "complexo de inferioridade", "insatisfação métrica" ou o melhor de todos que seria "amor de pica, fica". Não, o candidato não deu asas - centímetros, metros, quilômetros - à imaginação no desenrolar das ideias.
Mas leva o primeiro lugar por ter feito o título cumprir sua função: instigar e motivar a leitura do texto.

2 comentários:

Ivy disse...

(rolando de rir) ah, Chu, obrigada por me lembrar dessas pérolas!!!
obs.: muito bem escrito, um de seus melhores textos...Chu rules \w/

Patrícia disse...

Obrigada, obrigada, Chu!
Clap, clap, clap!!!

hehehehehe