quarta-feira, 7 de abril de 2010

Alagados

(- e aquela parte impronunciável da música - Favela da Maré / A esperança não vem do mar...)

É difícil não falar da chuva que parou o Rio. Aliás, é difícil não tê-la como tema quando você é impedido de ir e vir, de trabalhar, de estudar, de qualquer coisa, por causa dela. Difícil também por ter causado tragédia(s) e sofrimento (ainda que eu não tenha sido diretamente afetada).
Porque quando Tom Jobim compôs Águas de Março eu duvido que ele tenha vislumbrado qualquer coisa minimamente próxima ao que aconteceu aqui entre ontem e hoje*, até porque teria que adequar o título para Mar de Abril. E este, com certeza, não é o Rio tema da Bossa-Nova, de Manoel Carlos e dos cartões-postais, bem mais fake, mas bem mais legal e aprazível também.

A arte de viver da fé, só não se sabe fé em quê.

*Tá que aqui vai aparecer com a data de 7 de abril porque já é mais de meia-noite, mas quando digo hoje, neste caso, ainda considero 6 de abril, porque se não dormi, pra mim ainda é hoje.

5 comentários:

Dona Mila disse...

Eu ainda não acredito na aguaceira que caiu. Parece pesadelo.

Onde vc estava nas horas hard do toró?

Beijos!

Patrícia disse...

Oi, Dona Mila!
Eu já estava num dos cursos onde trabalho. Curioso que quando estava quase chegando lá, na metade da rua já, a tardinha, deu uma pancada de chuva mais forte. Daí quando uns 3 minutos depois cheguei, comentei que São Pedro e Murphy resolveram demonstrar todo seu carinho e amizade por mim bem no meio do caminho. Mas logo essa pancada parou. Depois, quando já estava dando aula, é que só escutávamos barulho de chuva muito forte e intermitente.
Quando saí do trabalho, umas 20h e pouca, já não estava tão forte, mas como no meu caminho pra casa há muitos trechos que alagam e demoram a baixar, resolvi passar o tempo no Mc Donald's. Uma amiga que trabalha lá tb foi comigo e lá fofocamos até quase as 22h. O ônibus demorou a passar, normal, sempre demora em dias de temporal pq ou ficam presos em engarrafamentos ou alagamentos, mas vim tranquilinha todo o trajeto: nenhum lugar cheio, nenhum engarrafamento, nenhum perrengue.
Daí que só fui dimensionar a coisa às 6:57 da manhã seguinte, quando fui acordada por uma cólica féla da puta e resolvi ligar a TV enquanto esperava o efeito do remédio. Só aí que fui ver a calamidade toda!
Milagrosamente não fiquei nem sem luz nem sem internet, só ontem umas 23h já que a Net TV resolveu que era hora de dar tchau e não mais voltou.
Tudo muito tranquilo por aqui, graças!

E aí em Nikiti, as coisas estão melhores?

Ivy disse...

A palavra impronunciável é Trenchtown, mas há ótimas versões 'trem tristão', 'os trens tão', 'cristal', ou ainda 'flinstones'!!!!

Mas, falando daquela chuvinha que caiu (e continua caindo), eu ouvi falar, não foi nada de mais não, né??!! Estão sabendo que tem uma comunidade no Orkut: 06/04/2010 Rio, eu sobrevivi.

Respondendo à pergunta que não foi pra mim, mas, como tõ aqui, né
Em Nikiti, as coisas estão melhores sim, thanks!

Patrícia disse...

Chu, a palavra impronunciável pra mim, continua impronunciável!Em seu lugar coloco uma onomatopeia qualquer, criada na hora.

Quanto à criatividade humana (e um pouco de humor negro tb), somando orkut e msn, eu já li coisas como:

Enchente Rio 2010 - Eu fui!!!

Operação "Quem dera ser um peixe" - EU APOIO!!!

Operação "IPI Zero para barcos RJ - EU APOIO!!!

É o inundation, tion, tion.

Foi promessa de campanha. O Cabral disse que ia lvar água e esgoto às casas de todos os cariocas.

Vendo carro Celta 2009. Compro Arca de Noé.

Ivy disse...

eu adoro esse povo criativo!!!!